O primeiro nome que Franca recebeu foi de Arraial Bonito do Capim Mimoso.
O surgimento deu-se devido ao desvio da trajetória dos bandeirantes que iam em direção as jazidas de ouro em Goiás, essa mudança de rumo foi provocada pelos conflitos entre paulistas e emboabas no início do século XVIII. O povoado foi evoluindo e alcançando uma importância comercial, fornecendo sal para toda região.
O arraial foi assentado em uma colina entre dois córregos: Bagres e Cubatão, em terrenos da Fazenda Santa Bárbara, doadas para este fim em 03 de dezembro de 1805, por Antônio Antunes de Almeida e seu irmão Vicente Ferreira Antunes de Almeida e esposa Maria Francisca Barbosa. Nesta ocasião foi ereta uma Capela - Interina sob a direção de Manoel Marques de Carvalho e celebrada a primeira missa pelo Padre Joaquim Martins Rodrigues. Essa Capela situada no local do atual edifício da Cúria Diocesana, que foi depois denominada de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A Igreja Matriz, iniciada em 1809, foi construída na Praça principal, onde hoje está a Fonte Luminosa.
Em torno da igreja começou a se construir casas, onde seus moradores só vinham em sabados, domingos e feriados, pois nessa epoca era um rural , onde passavam o seu maior tempo em fazendas, lidando com o gado ou cuidando das plantações , era onde a população passava a maior parte de seu tempo.
O viajante Auguste de Saint Hilaire em 1819 lembra que: "O arraial de Franca, onde parei, fica situado num aprazível descampado, em meio a extensas pastagens alpicadas de tufos de árvores e cortadas por vales pouco profundos. O arraial ocupa o centro de um largo e arredondado, sendo banhado dos dois lados por um córrego. Não havia ali, à época de minha viagem, mais do que umas cinqüenta casas, mas já tinha sido demarcado o local para a construção de várias outras. Era fácil ver que Franca não tardaria a adquirir grande importância".
Em 1821, Dom João VI cria a Vila Franca Del Rei. Contudo a mesma não será instalada em virtude das ambições da Vila São Carlos de Jacui que desejava anexar essa região à Minas Gerais. Somente em 28 de novembro de 1824 é que a Freguesia de Franca se emancipa de Moji Mirim, sob a denominação de Vila Franca do Imperador. Instalada no dia seguinte pelo Ouvidor Freire (Antônio D'Almeida e Silva Freire da Fonseca) da Comarca de Itu é demarcado o rocio e denominados seus primeiros logradouros: Largos da Alegria (atual Nossa Senhora da Conceição) e da Aclamação (atual Barão da Franca) e ruas; do Comércio, da Primavera (atual Voluntários da Franca), do Adro (atual Monsenhor Rosa), Nova (atual Major Claudiano) e do Ouvidor.
No ano de 1887, com a chegada da estrada de ferro na região que impulsionou o mercado, a cidade ficou intermediando a circulação comercial entre São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Após a década de 20, inicia um novo panorama comercial regional, mantendo ainda a produção cafeeira, logo o município mudou de condição de ponto de apoio de comercialização para produtor de café, importante cultura produtiva da época, depois transformando para produção de policultura e indústria, principalmente produção de calçados e couro. No ano de 1804, elevou-se à Freguesia de Moji Mirim, a partir daí tornou-se um dos maiores produtores calçadistas do Brasil, provocando uma evolução político-administrativa em toda região. A Vila Del Rey foi criada em 31 de outubro de 1821. Em 1856, no dia 24 de abril, ganhou a condição de cidade, recebendo o nome definitivo de Franca. Franca ao longo de sua história alcançou status de capital do calçado, isso devido à concentração de indústrias desse seguimento na região.
domingo, 16 de novembro de 2008
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